quinta-feira, 26 de julho de 2012

FORMAÇÃO DOCENTE: UMA DISCUSSÃO SOBRE O PROCESSO DE AUTORIA.





ABREU SOUZA, ANA C.G.
Universidade Federal de Alfenas MG



Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu ...

                                                                                                                                                                             Fernando Pessoa

Resumo

A formação de professores, concebida como um aspecto importante para a qualidade dos processos de aprender e ensinar, atualmente ganha visibilidade nas pesquisas e nos estudos acadêmicos, situação esta que aponta para o reconhecimento deste importante profissional para os avanços da educação pública brasileira. O presente artigo intitulado “FORMAÇÃO DOCENTE: uma discussão sobre o processo de autoria”, apresenta um recorte da tese de doutorado “Formação de Professores: da experiência do sujeito, ao sujeito da experiencia”, investigação aprofundada com a abordagem da pesquisa qualitativa para discutir e contextualizar a importância da experiência para o fortalecimentos dos processos de formação dos docentes. Ao investigar  dialogamos com referenciais teóricos pautados em Antonio Novoa e Paulo Freire e fortalecemos a importância de se relacionar o professor numa dimensão ampla , como pessoa e profissional, considerando assim o processo identitário e o percurso histórico que o legitima para a profissão do magistério. O estudo aponta para a discussão da singularidade dos processos que edificam a prática pedagógica docente, bem como nos remete a fortalecer ações de registros que possam articular a reflexão sobre os fazeres e saberes no processo de ensinar e aprender.

Palavras – chaves: Formação de Professores. Autoria Docente. Prática Pedagógica

sexta-feira, 20 de julho de 2012





ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS 
ADUNIFAL  - NOTA À COMUNIDADE


                                                          Alfenas, 19 de julho de 2012 

 Em assembleia realizada neste dia 19 de julho, os docentes da Unifal-MG decidiram rejeitar a proposta apresentada na última sexta-feira, dia 13 de julho, e manter a greve da instituição que já ultrapassa dois meses. Em razão deste ato, os docentes apresentam esta nota como uma justificativa à sociedade, a quem, de fato, o funcionalismo público deve satisfações. 

 Em primeiro lugar, respondendo à propaganda do governo que fala em 45% de aumento salarial, é importante frisar que este percentual representa um reajuste de perdas salariais de 7 anos (2008-2015) e contempla apenas 1% do quadro docente da Unifal (isso mesmo, apenas 4 professores), uma vez que trata apenas do último nível da carreira, ao qual pouquíssimos ascendem.

 À esmagadora maioria dos professores, o governo federal apresenta uma proposta de REDUÇÃO SALARIAL. Apresentamos um quadro elaborado pelo professor de matemática Wagner F. Santos, da UFS, do reajuste percentual real,  ao fim de 2015 (ano da última parcela do reajuste prometido), mantendo-se a inflação nestes termos. 

Nível          1       2      3       4      5     6      7       8      9     10       11        12       13 

Mestre  -11,9  -11,8  -7,6  -8,8  -7,3  -8,3  -8,5   -9,1      

Doutor                                             -0,4  -1,0            +1,0  -9,2  -5,3     -2,3      -1,2     +5,9 

 APESAR DISSO, a proposta foi rejeitada principalmente por outras questões: o governo propõe novas regras para a progressão da carreira, mas não as apresenta, nos exigindo a assinatura de um  cheque em branco para que ele preencha como queira nos próximos 6 meses; propõe que todos os docentes, tendo 4 ou 12 anos de estudos, comecem na base da carreira, submetendo um doutor à mesma remuneração de um graduado, tornando ainda mais difícil conseguir profissionais qualificados interessados em vir para a instituição (hoje mesmo, a Unifal possui vagas abertas paras as quais não houve candidato aprovado, as projeções para o curso de medicina são piores); o governo  se recusa a cumprir a Constituição Federal, e cumprir a data base dos trabalhadores das ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS ADUNIFAL universidades, ou seja, o direito de TODO trabalhador em ter, anualmente, reposição de perdas em razão da inflação; propõe, ainda, que a carga horária em sala de aula seja aumentada, o que impactará de imediato para sociedade, na diminuição de servições extensionistas, como os atendimentos clínicos e intervenções nas escolas. 

Apresentamos as razões que levam à MANUTENÇÃO DA GREVE, como última 
forma de tentar obrigar o governo que elegemos a uma negociação, de fato, com o serviço público, e compartilhar a generosidade que vem demonstrando com as instituições particulares. 

 Afirmamos nosso desejo de que a greve e todos os prejuízos que causa tenha seu desfecho mais breve, mas, acima de tudo, que a expansão da educação superior seja levada adiante sem sucateamentos ou estrangulamentos de qualquer setor, sendo encarada como uma necessidade da sociedade e um dever do Estado e não apenas um interesse políticopartidário. 
    
       
                                   Docentes da UNIFAL-M

domingo, 24 de junho de 2012

http://www.semanario.com.br/2012/06/11/educadora-jacareiense-fala-sobre-politica-e-o-projeto-de-cidade-educadora/

SEMANARIO DE JACAREÍ


Educadora jacareiense fala sobre política e o projeto de “Cidade Educadora”

11 de junho de 2012 – 16:57
O interesse da pedagoga jacareiense Ana Abreu de Souza pela política parece ter origem em uma vocação profissional apaixonada, sedimentada por 25 anos de profissão, dois mestrados e um doutorado. Sem aparentar afetações ou ranços, ela acredita que atuar junto a partidos e Poderes é uma das melhores formas de fazer seus ideais alcançarem e mudarem a sociedade. E ela diz que pretende fazê-lo sem envaidecer-se pelo desejo de conquistar um cargo eletivo. Ana deu uma entrevista ao Semanário nesta quarta-feira, em que demonstrou um forte idealismo pelo avanço da sociedade e honestidade aos seus princípios, além de paixão pelo que acredita.
Dois fatos marcaram a semana da pedagoga enquanto ativista política. Um deles, sua desfiliação do PPS (partido em que era vice-presidente, e que tem como pré-candidato a prefeito Adriano da Ótica) alegando falta de projeto, ou mesmo de interesse por criar um projeto antes das eleições. Outro deles, a participação em um debate sobre os rumos da Educação e projetos para a Cidade promovido por partidos que compõe a possível candidatura de Izaías Santana (PSDB) na segunda-feira, dia 4, na Câmara Municipal. O evento foi motivado pela intenção dos partidos de ouvir e debater opiniões sobre Educação e um projeto de gestão de cidade para Jacareí.
Ana Abreu de Souza. Foto: Semanário
Na entrevista (neste página) Ana falou de política, educação e sua carreira. Entre outras coisas, ela contou que sentiu o desejo de participar ativamente de um partido político que oferecesse abertura para desenvolver um projeto sólido para a cidade (e não só para a educação) e, em 2010, escolheu o PPS (Partido Popular Socialista), pelo qual afirma ter muito respeito, e que este fez várias promessas que vinham ao encontro de seus ideais. Foi só promessa. Na quinta-feira, dia 30, Ana Abreu desligou-se oficialmente do PPS municipal e, em manifesto público, expôs sua indignação contra a atitude do partido em relação às eleições, que considera antidemocrática. Segundo Ana, sua disposição em participar da criação de um projeto para a cidade foi sendo sucateada pelo partido em nome da decisão unilateral pela candidatura de Adriano – decisão não aberta à negociação, pautada na personalidade do candidato e sem preocupação com um projeto. “No projeto a gente pensa só depois queganhar a eleição” foi a frase ouvida por Ana na última reunião que teve com a executiva do PPS. Foi a “gota d’água”.
Ana saiu do PPS e até agora não se filiou a nenhum partido, porém declarou aberto apoio ao pré-candidato Izaías Santana (PSDB), que considera um líder eficiente para aplicar um projeto de cidade pensada como um todo, que potencialize os servidores públicos, cidadãos e seja construída sobre o conceito de “cidade educadora”. Tal conceito é difundido mundialmente e adotado em várias cidades do mundo (incluindo algumas no Brasil) e, entre outros princípios, significa tornar a escola um espaço cidadão e a cidade num grande espaço educador, realizando uma mudança de paradigmas e de cultura que prioriza a formação de valores e envolve todos os cidadãos em um processo constante de aprendizado. É como se toda a cidade se tornasse um grande espaço para formação educacional de todas as faixas etárias. Este conceito foi o foco de sua apresentação no debate de segunda-feira.
Ana acredita que, caso eleito, Izaías terá a capacidade de liderar primeiramente o funcionalismo público de forma motivadora, diferente do que acontece atualmente, e isto é um aspecto fundamental para envolver todos os cidadãos num processo coletivo de mudança de paradigmas e transformação cultural pretendido neste novo projeto. Ela denuncia que a estrutura atual de gestão do funcionalismo público inclui até mesmo assédio moral, em que servidores são ameaçados caso cooperem com qualquer mobilização ou liderança que confronte a liderança petista.
Ana demonstra ter ideais que são, ao mesmo tempo, uma resposta a sua indignação contra os problemas da Educação, e um desejo de pôr em prática projetos para a evolução da Educação. Seu nome e liderança têm chamado a atenção de educadores, mídia, a Administração Municipal, partidos políticos e formadores de opinião em geral.
Uma de suas frentes de atuação é o MOV (Movimento pela Qualidade na Educação Pública em Jacareí), que realiza reuniões gratuitas e abertas à sociedade mensalmente para debater e fortalecer educação e educadores. Ana tem trabalho e opiniões respeitados dentro e fora da cidade – ela é contratada para dar palestras para educadores e alunos – e tem disposição para participar de projetos políticos que considera coerentes com o que acredita ser o melhor para a sociedade. Ela faz, também, duras críticas a atual administração da Educação na cidade.
O atual vereador e pré-candidato à prefeito Adriano da Ótica disse, por telefone, que não tem nada contra Ana. “Discordamos com o que ela está falando mas agradecemos pelo que ela contribuiu enquanto estava conosco”, afirmou. O PPS manifestou-se por meio de nota, publicada também nesta página.

Perfil: Ana Abreu de Souza

Ana Abreu de Souza tem 41 anos e trabalha há 25 a área da Educação. De origem simples, estudou muito, sempre trabalhou com formação de educadores e alcançou cargos concursados na área. Atuou na coordenação da única escola federal de educação infantil na cidade. Durante a administração do ex-prefeito Benedicto Lencioni, na direção da municipalização do ensino na cidade como gerente pedagógica na formação de todas as modalidades.
Implantou um institudo de Profissionalização de professores na Univap. Diretora do Colégio Maria Imaculada, depois realizou dois mestrados e um doutorado, que concluiu em 2010. Foi então que entendeu que sua próxima contribuição seria aplicar seu estudo na evolução da educação, e teria um alcance amplificado através da atuação na política. Filiou-se ao PPS e, no último dia 30, deixou o partido por discordar do mesmo. Até o momento não filiou-se a nenhum outro.
Ana Realiza palestras para professores e alunos de escolas públicas ou privadas, além de secretarias de educação, além de um Movimento pela Qualidade no Ensino Público Municipal. Soma-se a sua vocação uma indignação com a maneira como se administra o ensino público atualmente.

Trechos da entrevista:

Sobre o debate do dia 4
Ana Abreu: Minha fala consistiu numa proposta de educação para Jacareí cujo grande eixo é o conceito de “Cidade Educadora”, que prevê um projeto de cidade, e não só de governo para Jacareí. Nele, potencializam-se vários espaços da cidade como espaços educadores importantes.
Discutimos desde a formação de professores até plano de carreira, em função do próprio plano que hoje é desenvolvido, que é um plano bastante precário com relação à educação.
Cidade Educadora
Ana Abreu: Cidade Educadora é um conceito mundial solicitado pela Unesco. É uma linha de atuação que pensa em contribuir com a melhoria da qualidade de vida do cidadão como prioridade. Pensar que o sujeito é que forma os espaços. Este sujeito não vai só à escola para aprender, mas vai a lojas, procura serviços e todos estão envolvidos em formar uma cultura, criar a educação.
É um processo de formação de longo prazo, não se faz em um mês e precisa de um projeto que seja realizado de fato. Infelizmente em 12 anos não houve avanço, o plano de carreira, que é um item importante para a qualidade da educação. A gestão que está aí há 12 anos e não cumpriu uma linha do plano de carreira, e isto é desvalorizar a educação. Desvaloriza o profissional.
A gente quer potencializar a participação dos sujeitos nos espaços formadores que a cidade tem.
Ana equilibra a ideia do papel da família na educação moral e, consequentemente, na formação contra a violência. Ela acredita que a escola tem, sim, que se preocupar com a formação moral do indivíduo
Ana Abreu: Independente da família tratar as questões morais ou não, a escola tem a intencionalidade clara de influenciar a educação moral. Você, mesmo que não queira, se você me tratar mal, está me ensinando alguma coisa. Se você me trata de maneira adequada, também está me ensinando alguma coisa. Só que você não tem a intenção de me educar. Porém na escola todos que lá estão têm a intenção de educar. Os valores morais são importantes no trabalho de qualquer educador. Como ensinar a tabuada e não valorizar o respeito? Os valores são um dos grandes eixos do trabalho pedagógico.
Este é um sentimento que o servidor público precisa compreender. Ética é algo que tem que se trabalhar na escola. A integração família-escola é importante, e a escola, em nossa proposta, vai trabalhar valores.
A criança não aprende só matemática ou português, mas aprende sentimentos, emoções, julgamentos, e nós temos que debater isso aí.
Trata-se de uma mudança cultural. Como romper barreiras para executá-la em nossa cidade?
Ana Abreu: É difícil mas neste momento eu acredito no Izaías como um grande líder para este (possível) projeto. Seria impossível fazer isso se eu tivesse solitária nesta situação, porém é um projeto de cidade envolvendo um grupo grande. Acho que as pessoas tem que ser potencializadas. Tem muitos profissionais que estão trabalhando para a Administração mas estão sem motivação, não estão sendo usados. Tem que motivá-los sem inibição. Exemplo: Hoje eu lidero um movimento social pela qualidade da educação (MOV). Algumas pessoas não vão porque sofrem assédio moral, são amedrontadas verbalmente. Isso nós não queremos. Não importa o partido, o profissional tem que participar.
O MOV (Movimento pela Qualidade na Educação Pública em Jacareí) é, por exemplo, uma organização suprapartidária, tem um trabalho assim, gratuito, e servidores são proibidos de ir, sofrendo assédio moral. Proibir funcionários da educação de irem a encontros como este é uma tristeza.
Eleições
Ana Abreu: Eu acredito numa virada nestas eleições.
A grande transformação que a gente quer é com relação às pessoas que moram na cidade e como isso se estabelece. A Educação não terá um plano só de educação, mas um plano de Cidade Educadora que interliga cultura, mobilidade social, qualidade de vida na saúde, saúde social. Neste sentido é uma mudança de paradigmas.
Hoje, em Jacareí, a Educação tem dois caminhos: um caminho, imediato, mas que não é educação embora se diga ser, é o EducaMais. É imediato porque satisfaz a população carente imediatamente. Para mim isto não é educação. Esta é a linha atual. A outra linha é, ter uma escola com brindes (ex: uniforme de graça). Já o plano que estamos construindo é um plano de qualidade e foco nas pessoas. Este ser humano não será mais formado na escola, mas também em centros culturais, centros de ciência, espaços sociais ligados à saúde, tudo estará interligado.
Planos
Ana Abreu: O que diferencia (no projeto da oposição) é um plano de mudança da cidade. Um plano diferente para Jacareí. Sou educadora, e o Izaías nos convida a pensar a Cidade como um todo. Apesar de eu ser educadora, não sou chamada para falar só de educação, mas o que a minha área pode fazer pela saúde, cultura do ser humano.
(…)É o caso de pensar o EducaMais resignificado, em que a criança tenha lá um Centro de referência da juventude, centro de saúde, coisas específicas para sua faixa etária.
(…)Hoje você vai numa área de infectologia de um posto de saúde pública e vê um idoso com HIV sendo tratado ao lado de uma criança de 10 anos com a mesma doença. Esta criança tem que ter uma esperança diferente, que ela não está sozinha e há outras crianças com a mesma idade com a doença e que ela pode enfrentá-la.
(…)Desde a hora em que uma criança sai da casa dela nós já temos que pensar nela. Por exemplo, qual é o acesso desta criança? Hoje Jacareí pensa que tudo que é público é para pobres (ex: tudo que é público é para o povão), e nós sabemos que o transporte público é para todos.
Não adianta a gente ter um EducaMais no Centro, por exemplo, mas a pessoa tem que se deslocar quilômetros para chegar. Quanto tempo ele demora? Neste sentido, pensamos em Centros em que o professor possa ser formado no próprio centro. Acima de um trabalho para uma escola de tempo integral, queremos realizar um trabalho integral, conciliando saúde, educação, cultura…
O aluno teria, no ambiente da escola, assistência médica por exemplo. Assim se faz uma descentralização dos serviços para locais de acesso da população. É um exercício de muito estudo e isso me deixa bastante esperançosa. É a primeira iniciativa que eu vejo, de fato, que pensa a cidade numa projeção de futuro. Não estamos falando de prédios, mas de uma mudança de concepção, em como você pensa o sujeito. Criar qualidade de vida, é isso que a gente tem gestar em Jacareí. Qualidade de vida que seja sustentável, saudável, educadora – princípios do plano de cidade do Izaías e eu quero contribuir com esta visão de cidade educadora. A grande mudança que está sendo proposta é a integração das dimensões do sujeito a partir dos serviços públicos. A pessoa vista como um todo.
Sua história no PPS
Ana Abreu: Entrei na política em 2010. Desde então, o pré-candidato Adriano manteve conversas durante meses para me propor ficar no partido. Como eu queria exercitar a construção de um projeto político, escolhi ficar num partido menor. Inicialmente foi muito bacana. Havia promessas de desenvolver um projeto, eventualmente fazer uma pesquisa com meu nome (mesmo não sendo minha intenção ser candidata).
Depois disso, fecharam-se as filiações, fiz as teses do partido, aprovadas no município, que acabaram indo para a convenção estadual e por fim compuseram a convenção nacional do partido. É um partido íntegro, pesquisei muito, uma linha de conduta política que admiro. Em Janeiro foi feita uma reunião com os pré-candidatos. Eu me manifestei, virei vice-presidente do partido, fizemos a reunião, onde percebemos muitos pré-candidatos despreparados. Ali houve varias promessas de que poderíamos criar projetos, discutir e formar estes candidatos. Em fevereiro nada aconteceu. Promessas começaram a ser desfeitas quanto à preparação de candidatos.
Até que, em maio, eu mandei novamente um ofício pedindo reuniões com pré-candidatos, o que não aconteceu. Eu não posso conceber isto como um projeto, de fato, sério. Não há projeto. Eu queria fazer, estava pedindo para poder contribuir com o projeto, formar. Foi quando ouvi: “Não Ana, no projeto a gente pensa só depois que ganhar a eleição”.
(…) quando eu vi que não tem um projeto, e não tem preocupação com pré-candidatos, aí não deu. O Adriano não tem plano, não tem conversa (no partido), as decisões da executiva não eram tomadas em pauta de reunião.
Foi então que, na quinta-feira (dia 30) eu decidi que não tem mais o que esperar, está claro que com este tipo de projeto eu não posso contribuir porque eu não posso pedir votos para este tipo de candidato.
Educação atual
Ana Abreu: Minha indignação é não haver um projeto de educação para a cidade. Quem fez o projeto atual de educação não é profissional de educação.
Trabalho
Ana Abreu: Minha contribuição hoje, é no âmbito das executivas, de fazer (por isso não quer ser candidata). Quero usar a política partidária para levar o meu trabalho para o povo. Estou surpresa com a repercussão da minha saída do PPS. A mídia está me procurando, muitos alunos e pessoas que não via há muito tempo estão me procurando e até pessoas que eu nunca vi na vida me procuram e perguntam em quem eu vou votar.

O desabafo de Ana:

Creio que cada um têm o seu olhar sobre a minha desfiliação. Respeito e me encho de esperança ao perceber que como eu, há vários indignados. Não estou sozinha.
Quero afirmar que a minha saída do pps foi assumida com muita maturidade, respeito a executiva do partido, mas discordo das conduções encaminhadas; as atitudes encaminhadas pelo pps municipal mostram quem não há projeto de governo, e a mim afirmaram diretamente que querem o governo, depois eles vão pensar no projeto;
Esta e outras afirmações antidemocráticas vão contra o que eu acredito em relação a política partidária. Não acredito num grupo de pessoas que usa o partido fora de um processo democrático, de discussão e ações coletivas. Desde o meu 1º dia no partido manifestei a minha posição a favor de um projeto. Eu não posso ser apenas um cabo eleitoral, é muito pouco. Eu quero ser a construtora (junto com outros) de um projeto democrático coletivo. O meu objetivo não era me candidatar, mas se fosse a favor de um projeto maior, eu iria me disponibilizar para contribuir; porém não há projeto. Como contribuir com algo que não existe?
O único objetivo é o governo e depois se pensa o projeto; esta não é a minha ordem. Creio que o projeto nasce primeiro, e com respeito vamos compartilhando e mostrando à população a que servimos e o que queremos; não acredito no “voto cego”, acredito no “voto consciente”, por isso tenho responsabilidades com a nossa gente.
O candidato vazio faz cursos, faz treinos, faz aula de teatro e oratória para enganar o “povo”, o candidato vazio têm o discurso roubado de programas, projetos e campanhas religiosas… Busca recortes da vida cotidiana, banalizando o real compromisso de um candidato. Vou assumir o meu apoio a um “projeto” que exista de fato, e acredito que a grande pergunta que a população deva fazer aos candidatos seja: qual é o seu projeto para a nossa cidade?
Com esta pergunta os candidatos elevarão o nível do processo, quem não pensa projeto e só pensa governo assume que quer o poder pelo poder, assume a arrogância e a falta de respeito com o nosso povo.

A resposta do PPS

Caríssima Senhora Doutora e Mestra ANA ABREU.
Recebemos, nesta data, o seu pedido de desfiliação deste democrático partido e, nos comprometemos a baixar na lista de filiados do TSE, para que se concretize legalmente o Vosso pedido.
Neste momento, não podemos deixar de nos manifestar no sentido de, sobretudo, agradecê-la pelo período de nosso convívio partidário e pela sua colaboração na condução de nossas políticas partidárias, bem como, por oportuno, desejar-lhe muita sorte e sucesso, em sua caminhada.
Quanto aos argumentos lançados em seu pedido de desfiliação, esclarecemos que não concordamos com os mesmos, porém, dentro de nossos princípios democráticos, respeitamos a sua forma de entendimento, apesar de discordarmos das mesmas.
Afirmando sempre que a democracia se faz, com respeito as opiniões contrárias, porém, sem jamais desrespeitar a opinião da maioria, a qual deve sempre ser acatada e respeitada durante o período em que esta perdure, pois mesmo sendo opinião da maioria, estará sempre sujeita a mudança, pois uma das belezas da democracia está justamente em seu caráter mutante e jamais estático.
Este partido, dentro de seus princípios democráticos estará sempre de portas abertas tanto para você quanto para qualquer cidadão que queira e goste de participar ativamente das mudanças que nossa sociedade necessita.
Boa sorte
EXECUTIVA MUNICIPAL DO PPS JACAREÍ SP
Secretaria Geral – Sidiney Cavalcante Pereira

Saiba mais…

Cidades Educadoras começou como um movimento, em 1990, com base no I Congresso Internacional de Cidades Educadoras, realizado em Barcelona, quando um grupo de cidades representadas por seus governos locais, pactuou o objetivo comum de trabalhar juntas em projetos e atividades para melhorar a qualidade de vida os habitantes, a partir da sua participação ativa na utilização e evolução da própria cidade e de acordo com a carta aprovada das Cidades Educadoras. Mais tarde, em 1994, o movimento foi formalizado como o III Congresso Internacional em Bolonha.

domingo, 10 de junho de 2012

Assumir a autoria: um princípio democrático.








" Os significados de nossas experiências nos fortalecem à medida  que nos reconhecemos pessoas que constroem e criam realidades, únicas, próprias, e revelam aprendizagens de tempos distantes e reais" ABREU SOUZA, Formação de Professores: da experiência do sujeito, ao sujeito da experiência. Tese de Doutoramento, 2011, p.37



Nos últimos dias manifestei publicamente algumas questões sobre a minha desfiliação do PPS - Jacareí, e vi o quanto as pessoas afirmaram admiração em relação a minha coragem e ao meu posicionamento, certamente que me fortalece a comunhão das pessoas em relação a autoria que assumo em minha caminhada, porém quero neste breve texto fortalecer a importância de TODAS as PESSOAS manifestarem o seu descontentamento em relação a lógicas em que o poder pelo poder é o maior objetivo, assumam a AUTORIA.

Precisamos evidenciar uma outra lógica POLÍTICA, a lógica do PROJETO COLETIVO em que o poder existe para que possamos realizar PROJETOS PARA A NOSSA GENTE, fortalecer ideias, estabelecer diálogos, emancipar as pessoas pelo conhecimento, afirmar o exercício da autoria se faz URGENTE neste tempo em que muitos oportunistas querem apenas o seu VOTO, não querem a sua ideia, o seu argumento e muito menos o diálogo temos que LUTAR pela transformação, pela lógica da POLÍTICA NOBRE.

Fale com as pessoas do seu círculo de amizade, utilize redes sociais, ANUNCIE E DENUNCIE A FAVOR DE UMA POLÍTICA NOBRE.... ao vencer a POLÍTICA NOBRE daremos conta de mostrar que há outra forma de compreender e fazer PROJETOS PÚBLICOS.

ASSUMA A SUA AUTORIA E FORTALEÇA ESTE IMPORTANTE ASPECTO DA DEMOCRACIA.


Profa Dra Ana C G ABREU SOUZA
anabreusouza@gmail.com




domingo, 22 de abril de 2012

10 MIL ACESSOS!!! GRACIAS !!!!


CONFIRAM O BLOG !!!!

MOBILIZAÇÃO...VOCÊ FAZ??!!!

A mobilização é uma manifestação necessária numa sociedade democrática; os grupos organizados conseguem em ações coletivas fortalecer seus direitos e os deveres em prol de causas importantes para a educação popular.

Atualmente presenciamos, uma fragilidade enorme em relação a conscientização dos educadores, há gestões públicas que articulam o assédio moral todo o tempo e acabam por gerar educadores amedrontados e desmotivados; e por falta de conhecimento os educadores acabam por afastar de mobilizações importantes.

A cada ano educadores são desautorizados pela Gestão, perdem a possibilidade de fazer discussões e debates sobre:
  • Ampliação de carga horária
  • Progressões na carreira
  • Concursos Públicos
  • Cargos em comissão
  • Convênio e parcerias 
  • Plano de Carreira 
  • Conselhos ...
A perda dos direitos escorre pela mão dos educadores, e as decisões não consideram o trabalhador, por isso se faz necessário que lutemos por nosso autoria e participação.

Uma gestão democrática lança inúmeros temas em  pauta, e prevê a participação efetiva dos educadores, porém presenciamos gestões autoritárias que calam e ameaçam educadores que queiram participar de manifestação coletiva....

Deixo aqui uma reflexão:

"TODO EDUCADOR DEVE CONTEMPLAR EM SUA PRÁTICA PEDAGÓGICA O OBJETIVO DE FORMAR PESSOAS CRÍTICAS, CONSCIENTES E DEMOCRÁTICAS, PORÉM O EDUCADOR SÓ DÁ O QUE TEM.... SOMOS CRÍTICOS, CONSCIENTES E DEMOCRÁTICOS?"

Participe 10º Encontro do MovE - Movimento pela Qualidade da Educação Pública de Jacareí.
19 de maio de 2012 - Câmara Municipal de Jacareí, das 9h30 as 12h.

O Movimento somos nós!!! PARTICIPEM !!!





domingo, 11 de março de 2012

Palestra: A EDUCAÇÃO DOS FILHOS NA ADOLESCÊNCIA

CONVITE A TODOS DA COMUNIDADE DO JARDIM PARAÍSO


DIA 12 DE MARÇO DE 2012, AS 18H30
NA ESCOLA ESTADUAL DARCI LOPES - JARDIM PARAÍSO
ENCONTRO ABERTO A TODOS OS PAIS, MÃES E COMUNIDADE.





Objetivo:

Contribuir para a formação dos pais, mães e responsáveis em relação a orientações e compreensões com foco no desenvolvimento integral de seus filhos.


segunda-feira, 5 de março de 2012

ESCOLA ESTADUAL DARCI LOPES - JARDIM PARAISO - JACAREÍ SP

Na próxima quarta feira, dia 07 de março, das 8h às 12h, estaremos em estudos e aprofundamentos com a equipe pedagógica da Escola Estadual Darci Lopes.

A ação formativa intitulada PRÁTICA PEDAGÓGICA: AÇÕES A FAVOR DE UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA terá como objetivo fortalecer o processo de ensino e aprendizagem com foco a promover a diversidade de recursos e ferramentas durante o percurso escolar.


Lançamento do livro: A IDENTIDADE DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR E A UNIVERSIDADE BRASILEIRA


LANÇAMENTO !!!


Na Unifal MG - Alfenas na próxima quinta feira dia 8 de março, as 19h lançamento do livro.

Neste livro escrevi junto com o Prof. Ms Italo Rioccardi Leon o artigo intitulado O professor do ensino superior: reflexões a cerca deste ofício.

O artigo aborda a discussão sobre o professor do ensino superior com o foco em indagações e reflexões sobre a dimensão do ensino, seus significados no âmbito de reconhecer as especificidades do ato de ensinar, bem como compreender o professor do ensino superior como um profissional autônomo que incentiva a busca e criação de novos conhecimentos e desdobra ações para desenvolver a formação de futuros professores, e concomitante propicia condições voltadas para sua própria formação, de maneira permanente, renovadora, livre e contínua. Compreendemos a docência como ato complexo de ensinar, interligado às áreas do conhecimento e suas aprendizagens sistêmicas, e, fundamentalmente, como processo em que o trabalho se caracteriza por uma práxis singular que representa a própria maneira do professor de ser e estar na profissão. O presente artigo discorre e aponta para sete aspectos que nos parecem chaves e têm como finalidade contribuir para um ensino de caráter emancipatório, criativo, crítico e progressista.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

AÇÃO FORMATIVA ESCOLA BENEDITO MAURO - Jacareí SP

No próximo dia 15 de fevereiro ação formativa junto a equipe da Escola Estadual Benedito Mauro - Jacareí SP


Estaremos a dialogar com toda a equipe sobre : INOVAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES: AMBIENTES DE APRENDIZAGEM.



18º CONGRESSO DE LEITURA DO BRASIL

O mundo grita. Escuta?




16 a 20 de julho de 2012 - Unicamp – Campinas/SP

Com este tema, pretende-se o entrelace de diferentes linguagens, variadas formas de expressão, superfícies múltiplas que se movimentam e se tocam.
Gritos que soam em dinâmicas e criações de linguagens que leem o mundo: as postagens – cartas, telegramas, cartões postais, torpedos...; as artes – fotografia, música, literatura, teatro, dança, cinema, instalações...; as formas de vida – da infância, da loucura, da velhice, da juventude, da resistência, das relações socioculturais...; as dobras da língua portuguesa – atravessamentos subjetivos, polissêmicos, polifônicos, políticos...  Potências do fragmento, da sonoridade, da imagem, da territorialidade, da temporalidade... Potências plurais e singulares, vacúolos e sem-sentidos, contracombates à homogeneização na escuta do mundo. Como gritam?

sábado, 11 de fevereiro de 2012

8 MIL acessos ao BLOG!!! Uma ajuda para OLHAR !!!GRATA A TODOS !!!!






Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Me ajuda a olhar!"
                                                                                                                      (Eduardo Galeano - extraído do Livro dos abraços)

ESCOLA ESTADUAL DARCI LOPES

AÇÃO DE FORMAÇÃO NA ESCOLA ESTADUAL DARCI LOPES - JARDIM PARAISO  JACAREI SP

O EXERCÍCIO DA AUTORIA





A experiência humana, única, singular, criadora, que nasce eminentemente de práticas, é um produto de autoria em que a identidade de nossos olhares e valores  se estabelecem na relação dialógica com o mundo, seja ele pessoal ou profissional. ( Abreu Souza, 2011, p. 72) Tese de Doutoramento FORMAÇÃO DE PROFESSORES: Da experiência do Sujeito, ao Sujeito Da experiência.




ESCOLA ESTADUAL AMANCIA DIAS SAMPAIO JACAREI SP

Ação de formação na Escola Pública Amância Dias Sampaio.
24 de fevereiro de 2012
Tema:
A ÉTICA NO COTIDIANO ESCOLAR


                                 Tarsila do Amaral - Operários
Objetivos:

  • Compreender e discutir o cotidiano escolar na perspectiva de ofícios que abarquem a construção coletiva e o profissionalismo junto ao desenvolvimento de um Projeto de Educação Popular.
  • Revelar com argumentos críticos possibilidades de transformações individuais e coletivas junto ao cotidiano do processo educacional.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

CONTRA OS DISCURSOS FALSOS TEMOS MENTES CRÍTICAS.



Nos 25 anos que trabalho com formação humana dedico a fortalecer os olhares críticos de nossa gente.
O poder da criticidade é uma grande arma contra os discursos falsos, em ano de eleição muita gente boa se lança para a possibilidade de trabalhar  e MODIFICAR realidades tão feias e desonestas, mas há um grande número de pessoas que se lançam para MANTER o interesse próprio, a mentira e o faz de conta, tudo em nome do poder pelo poder.
Inevitavelmente somos expostos a ouvir discursos bastante superficiais, o que nos fere os ouvidos, o pior é que os políticos de discursos falsos se apropriam de frases ou conceitos que eles nem mesmo sabem o que é,  e depois multiplicam aquilo com equívocos, e mentiras, porém só quem percebe isso são as mulheres e os homens críticos...
Em toda eleição a EDUCAÇÃO toma o cenário político, os candidatos ocupam seus tempos para estudar fórmulas mágicas para resolver tudo, e a EDUCAÇÃO é vista como a "menina dos olhos", com uma arrecadação grande, todos querem trabalhar com a EDUCAÇÃO, o problema é que o discurso falso não sobrevive a um debate e muito menos consegue sustentar ações durante 4 anos de uma gestão.
Fiquem atentos... "o mais feio de um político é quando ele quer enganar e não consegue..." o que resulta numa enganação própria... 
À mim não conseguem enganar!!!! Minha arma ninguém tira...o poder de compreender criticamente os discursos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

SERVIDOR PÚBLICO: um profissional que assume, em sua escolha, SERVIR AO POVO.


                                    Profa Dra Ana C G Abreu Souza

Todo processo educacional, a cada nova etapa convida seus educadores à re-pensar as propostas didáticas que se propõe nos espaços de aprendizagem na escola.

O repensar da docência deve partir dos posicionamentos dos educadores em relação ao seu papel nos processos de ensinar e aprender, prioritariamente o educador precisa se conceber, com orgulho, como um SERVIDOR PUBLICO, um profissional que assume em sua escolha SERVIR AO POVO.

Eis um bom começo de diálogo, a que PROJETO PÚBLICO EU QUERO CONTRIBUIR?

Há diferentes posicionamentos em relação aos projetos públicos, há projetos em que a ameaça, o autoritarismo, o medo, a manobra, a opressão, a repetição e o treino imperam e acabam por gerar práticas pedagógicas bastante frágeis, pouco ou nada contribuem para o fortalecimento da autonomia de nossa população, a formação humana fica desumanizada...

Mas, há projetos que se pautam na relação dialógica, na troca de pontos de vistas, no fortalecimento da criticidade, na apropriação cultural, há projetos em que dialogar é a grande arma, e assim podemos cada um em seu(que é coletivo) PROJETO PÚBLICO validar seu posicionamento, defender O PROJETO A QUE SE PROPÕE EDIFICAR.

Nas formações que tenho me dedicado, nos cursos, palestras e nos movimentos que participo, luto com muitos outros educadores para o fortalecimento dos olhares dos educadores, para que tenham consciência da sua importância num PROJETO POPULAR, a população grita e nos pede PROJETOS DEMOCRÁTICOS DE QUALIDADE.

Nosso COMPROMISSO SOCIAL é AMPLO E DIGNO, pois servimos ao POVO. A transformação da ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE se dará a partir do reconhecimento de sua importância na FORMAÇÃO DE UMA NOVA LÓGICA SOCIAL.

Sou uma profissional, uma servidora pública, e minha escolha de trabalho É SERVIR AO POVO NUM PROJETO QUE DE FATO O RESPEITE E O EDIFIQUE.



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

FORMAÇÃO DE PROFESSORES: GUARAREMA SP















NOVO ANO LETIVO: NOVAS AFIRMATIVAS DOS MESTRES PARA A EDUCAÇÃO !!!!



A cada início do ano renovamos nosso contrato e nosso compromisso com a escola, com a nossa gente e o nosso povo.
Hoje me remeti a lembranças bastante importantes para a minha formação, e inevitavelmente lembrei-me do meu primeiro ano como docente, cheia de vontade e sonhos minha primeira experiência docente aconteceu  na rede estadual de ensino público, na década de 80,  em Jacareí,  ganhei de presente a oportunidade de lecionar na Escola Neusa Teodoro, no Bairro da Vila Zezé, trabalhei neste projeto por 5 anos, digo um presente, pois aprendi tanto com aquela experiência, que quando me lembro meu coração se enche de gratidão.
Lembro da diretora Carmelita, da coordenadora Maria José e das minhas colegas tão conhecedoras de uma instituição educacional, meus olhos brilhavam ( e brilham até hoje) e minha inspiração era ( e é) grandiosa, sentia que estava ( estou) no lugar certo, na hora certa e com as pessoas certas.
Lembro-me da lista de alunos que eu ganhei, eram 32 alunos, uma listagem escrita a mão, como diria Paulo Freire "o medo e a ousadia" tinham que caminhar juntos, pois a vontade era enorme, mas as incertezas também eram grandes... assim iniciei a minha carreira docente e nunca mais abandonei o processo, a cada ano me fortaleço na certeza de que A ESCOLA PÚBLICA PODE TRANSFORMAR VIDAS E SOCIEDADES ....
Concebo toda esta trajetória num movimento COLETIVO, quem trabalhou ou trabalha comigo sabe o quanto valorizo e construo com o outro, "crescemos" sempre no plural, a força de nossas autorias se estabelecem nas redes que criamos com alunos, professores, familiares, comunidade... muitas vezes perdemos de vista os corpos, mas nossas almas não se perdem, se conectam sempre que as aprendizagens são retomadas.
Reafirmo a importância do início, e "começaria tudo outra vez se preciso fosse", nunca duvidei do ofício docente, nunca duvidei da importância da Educação para legitimar uma sociedade mais justa e mais feliz.
Nos tempos de hoje a justiça e a dignidade humana clamam para que a ESCOLA abrace cada vez mais a QUALIDADE EM SEU PROCESSO, todas as experiências de sociedade democrática só pode ser estabelecida se ela passar pela valorização dos agentes e dos processos da Educação.
Assim, neste dia em que muitos companheiros de lutas e conquistas voltam ao trabalho e ao início de um novo ano letivo, desejo muita VONTADE, muita CORAGEM, muita compreensão da grandeza do papel que cada MESTRE desempenha em seu ofício...
Nosso projeto profissional tem histórias e tatuagens que nos revelam e nos orgulham. Que o reinício de trabalho de cada professor possa ser celebrado  em todos os cantos de nosso BRASIL!!!! Feliz Volta ao Trabalho Docente!!!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

XVI ENDIPE Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino





TEMA GERAL: DIDÁTICA E PRÁTICAS DE ENSINO: COMPROMISSO COM A ESCOLA PÚBLICA, LAICA, GRATUITA E DE QUALIDADE.


Período: 23 a 26 de julho de 2012
Limite de vagas: 2.500 Vagas. 
Local: Faculdade de Educação da UNICAMP. Campinas/SP
A escola, como instituição social, cumpre uma função que lhe é específica, qual seja, a de assegurar a formação educativa escolar para todas as crianças, jovens e adultos do país. Sua trajetória mostra conquistas, como a ampliação do atendimento a quase todas as crianças em idade escolar, ao mesmo tempo em que evidencia enormes problemas, como a sonegação do ensino público, com qualidade, para boa parte da população que nela está inserida.
As políticas educacionais implementadas nos últimos vinte anos acabaram por impor às escolas um excessivo controle, que tem dificultado sua organização a partir de projetos político-pedagógicos próprios e emanados do trabalho coletivo de sua comunidade. Em decorrência, estão perdendo a possibilidade de se recriar frente às novas demandas sociais, padecendo com a imposição curricular praticada em várias redes de ensino, com as múltiplas avaliações externas (que privilegiam resultados em detrimento de processos educacionais), com a precarização e intensificação do trabalho dos professores, entre outros aspectos. Toda essa situação caminha no sentido do esmagamento de possíveis projetos institucionais e pedagógicos com identidade própria, causando o empobrecimento das práticas docentes e a deterioração da qualidade da formação disponibilizada aos alunos.
A escola pública pede socorro!
Nós educadores que ainda acreditamos numa sociedade que se torne justa e solidária pela socialização e partilha de saberes, de conhecimentos e de valores, estamos convocados a responder a esse grito de alerta. Nunca é demais perguntar: que sociedade queremos para os brasileiros das gerações futuras? Sem medo de pieguice, podemos afirmar que essa sociedade está sendo tecida nos espaços/tempos da escola pública!
É por isso que o momento atual requer o compromisso de todos os setores da sociedade, principalmente o dos educadores, em favor da escola pública, criando possibilidades para o enfrentamento de seus problemas, de modo a fazer cumprir sua função social de assegurar aprendizagens enriquecedoras a todos os alunos, ampliando a perspectiva de direitos, garantida no plano legal.
O XVI ENDIPE coloca em destaque essa problemática e convoca os educadores para refletirem, a partir dos retratos da nossa escola, sobre o que nos cabe como docentes, bem como o que se impõe à Didática e às Práticas de Ensino das diferentes áreas do conhecimento e o que pode se renovar por meio de nossas ações.
Desde sua criação, no início dos anos 1980, os ENDIPEs constituem espaço privilegiado para a apresentação e o debate de pesquisas, estudos e experiências que buscam responder questões emergentes da educação brasileira. Tendo por tema geral: DIDÁTICA E PRÁTICAS DE ENSINO: COMPROMISSO COM A ESCOLA PÚBLICA, LAICA, GRATUITA E DE QUALIDADE – o XVI ENDIPE se propõe a ser um espaço de articulação de trabalhos que, ao considerarem o ensino como prática social e com base nos campos teórico e disciplinar da Didática e das Práticas de Ensino, indiquem caminhos e perspectivas teóricas, metodológicas e políticas para a superação dos entraves que geram cada vez mais uma desigualdade social, a partir da sonegação do ensino de qualidade, como direito de todos que passaram a ter acesso à escolaridade.