quinta-feira, 26 de julho de 2012

FORMAÇÃO DOCENTE: UMA DISCUSSÃO SOBRE O PROCESSO DE AUTORIA.





ABREU SOUZA, ANA C.G.
Universidade Federal de Alfenas MG



Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu ...

                                                                                                                                                                             Fernando Pessoa

Resumo

A formação de professores, concebida como um aspecto importante para a qualidade dos processos de aprender e ensinar, atualmente ganha visibilidade nas pesquisas e nos estudos acadêmicos, situação esta que aponta para o reconhecimento deste importante profissional para os avanços da educação pública brasileira. O presente artigo intitulado “FORMAÇÃO DOCENTE: uma discussão sobre o processo de autoria”, apresenta um recorte da tese de doutorado “Formação de Professores: da experiência do sujeito, ao sujeito da experiencia”, investigação aprofundada com a abordagem da pesquisa qualitativa para discutir e contextualizar a importância da experiência para o fortalecimentos dos processos de formação dos docentes. Ao investigar  dialogamos com referenciais teóricos pautados em Antonio Novoa e Paulo Freire e fortalecemos a importância de se relacionar o professor numa dimensão ampla , como pessoa e profissional, considerando assim o processo identitário e o percurso histórico que o legitima para a profissão do magistério. O estudo aponta para a discussão da singularidade dos processos que edificam a prática pedagógica docente, bem como nos remete a fortalecer ações de registros que possam articular a reflexão sobre os fazeres e saberes no processo de ensinar e aprender.

Palavras – chaves: Formação de Professores. Autoria Docente. Prática Pedagógica

sexta-feira, 20 de julho de 2012





ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS 
ADUNIFAL  - NOTA À COMUNIDADE


                                                          Alfenas, 19 de julho de 2012 

 Em assembleia realizada neste dia 19 de julho, os docentes da Unifal-MG decidiram rejeitar a proposta apresentada na última sexta-feira, dia 13 de julho, e manter a greve da instituição que já ultrapassa dois meses. Em razão deste ato, os docentes apresentam esta nota como uma justificativa à sociedade, a quem, de fato, o funcionalismo público deve satisfações. 

 Em primeiro lugar, respondendo à propaganda do governo que fala em 45% de aumento salarial, é importante frisar que este percentual representa um reajuste de perdas salariais de 7 anos (2008-2015) e contempla apenas 1% do quadro docente da Unifal (isso mesmo, apenas 4 professores), uma vez que trata apenas do último nível da carreira, ao qual pouquíssimos ascendem.

 À esmagadora maioria dos professores, o governo federal apresenta uma proposta de REDUÇÃO SALARIAL. Apresentamos um quadro elaborado pelo professor de matemática Wagner F. Santos, da UFS, do reajuste percentual real,  ao fim de 2015 (ano da última parcela do reajuste prometido), mantendo-se a inflação nestes termos. 

Nível          1       2      3       4      5     6      7       8      9     10       11        12       13 

Mestre  -11,9  -11,8  -7,6  -8,8  -7,3  -8,3  -8,5   -9,1      

Doutor                                             -0,4  -1,0            +1,0  -9,2  -5,3     -2,3      -1,2     +5,9 

 APESAR DISSO, a proposta foi rejeitada principalmente por outras questões: o governo propõe novas regras para a progressão da carreira, mas não as apresenta, nos exigindo a assinatura de um  cheque em branco para que ele preencha como queira nos próximos 6 meses; propõe que todos os docentes, tendo 4 ou 12 anos de estudos, comecem na base da carreira, submetendo um doutor à mesma remuneração de um graduado, tornando ainda mais difícil conseguir profissionais qualificados interessados em vir para a instituição (hoje mesmo, a Unifal possui vagas abertas paras as quais não houve candidato aprovado, as projeções para o curso de medicina são piores); o governo  se recusa a cumprir a Constituição Federal, e cumprir a data base dos trabalhadores das ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS ADUNIFAL universidades, ou seja, o direito de TODO trabalhador em ter, anualmente, reposição de perdas em razão da inflação; propõe, ainda, que a carga horária em sala de aula seja aumentada, o que impactará de imediato para sociedade, na diminuição de servições extensionistas, como os atendimentos clínicos e intervenções nas escolas. 

Apresentamos as razões que levam à MANUTENÇÃO DA GREVE, como última 
forma de tentar obrigar o governo que elegemos a uma negociação, de fato, com o serviço público, e compartilhar a generosidade que vem demonstrando com as instituições particulares. 

 Afirmamos nosso desejo de que a greve e todos os prejuízos que causa tenha seu desfecho mais breve, mas, acima de tudo, que a expansão da educação superior seja levada adiante sem sucateamentos ou estrangulamentos de qualquer setor, sendo encarada como uma necessidade da sociedade e um dever do Estado e não apenas um interesse políticopartidário. 
    
       
                                   Docentes da UNIFAL-M