quinta-feira, 22 de abril de 2010

Gestão da Educação: um projeto valioso.



* Ana Cristina Gonçalves de Abreu Souza

Em tempos de campanhas eleitorais, percebemos claramente que a Educação ocupa os discursos e os planos dos candidatos. A eleição acontece, o governo assume e os discursos e planos viram promessas que poderão ser copiados para uma próxima campanha.

É este cenário de descaso que muitas vezes presenciamos nas redes públicas, e que só alargam as dificuldades educacionais. Apesar das gestões públicas acontecerem de 4 em 4 anos, a Educação, para avançar, precisamos de décadas, e a cada gestão, infelizmente, começamos tudo de novo.... e assim a Educação não consegue caminhar.

Penso, que as prioridades de uma gestão municipal tenham que ser explicitadas, mostrando a que veio, revelando a sociedade os alicerces que irá construir, as vezes tenho a impressão de que as secretarias de educação ficam rodando em volta das mesmas questões e não conseguem sair do lugar e ampliar o foco.

A população precisa de um sistema educacional de qualidade, o que requer planejamento de ações com foco nas necessidades locais e regionais... avançar nas discussões curriculares das escolas públicas, com clareza do projeto político pedagógico da rede em coerência com todas as unidades escolares; ações como: discussão coletiva, fóruns e debates para que se defina a favor do que a EDUCAÇÃO constrói um trabalho.

A educação não trabalha com a produção de mercadorias, trabalhamos com formação humana, complexo ofício, o que requer investimentos financeiros e intelectuais para que os projetos saiam dos papéis e possam invadir as salas de aula e assim, conseqüentemente, teremos resultados a favor da qualidade da educação de nossa população.

O gestor público precisa ter clareza das responsabilidades políticas e portanto coletivas, senão os 4 anos passam e nada avança para o fortalecimento da Educação Pública.





Professora, Pesquisadora e Extensionista – Universidade Federal de Alfenas M.G.
Doutoranda em Educação PUC SP, Mestre em Educação PUC SP, Pedagoga.


quarta-feira, 14 de abril de 2010

O que a Educação tem a ver com o pré sal? Desdobrando idéias.

* idéias de responsabilidade da autora

O que a educação tem a ver com o pré - sal? É exatamente o que você relatou Ana, por mais que haja boas intenções, não podemos parar por aqui. Certo dia, lendo uma entrevista do Ministro da Educação (Fernando Haddad), no ano de 2008, ele falou que o governo tem como meta final do plano Nacional até 2021, é que atinjamos a média (educacional), de países da OCDE, ou seja, ainda temos muito chão pela frente e sem mencionar o agravante que se aproxima com as eleições, chamo de agravante por entender que, quando há transição de governos, também ocorre uma quebra, ou descontinuidade de compromissos firmados. Eis o antigo problema que assombra a nossa tão sofrida educação pública. Sem mencionar também a questão de que o próximo presidente possa ser um neoliberal, não é?





Lembro de ter estudado em Política Educacional, algo sobre possíveis estratégias para desviar recursos destinados à educação pública, simplesmente modificando as terminologias como, por exemplo: Imposto por arrecadações e etc.



De nada adianta boas idéias, estabelecer metas, tentar imitar a educação de países desenvolvidos se não ocorrer à continuidade mesmo após as transições de governos, sejam os candidatos neoliberais, assaltantes de bancos, analfabetos ou nordestinos.



Quero dizer que sou fã do nosso competente Ministro da Educação, mas levar a educação a sério é também sair do plano das idéias, vamos pensar no simples como o nosso “papa da educação” Paulo Freire e entender que temos uma luta árdua pela frente e que esta talvez, ela seja infinita ou interminável, mas vamos deixar à nossa marca positiva enquanto educadoras ou futuras educadoras...VAMOS PENSAR CERTO e estabelecer metas possíveis, realistas e positivas.








* Elizabete Dantas

Betty. - Campina Grande - PB -  Brasil
Foto Projeto de Extensão Levindo Lambert
Universidade Federal de Alfenas MG










sexta-feira, 9 de abril de 2010

Pré – Sal e os olhares para a qualidade da educação.

                                                          Publicado 7 de abril de 2010

                                      Por Ana Abreu Souza

No ultimo dia 11 de março, participei da palestra sobre o pré- sal, conduzida brilhantemente, pelo Deputado Federal Arnaldo Jardim, em Jacareí, vislumbrei uma apresentação pautada em estudos com dados e projeções bastante significativas para os empreendedores brasileiros e internacionais.



Percebi quanto o pré-sal abrirá oportunidades e investimentos, o setor econômico e tecnológico se desdobrará com múltiplas cifras; e com isso teremos uma demanda por profissionais de ponta para articular toda cadeia de empreendimentos.



Durante a fala do Deputado fiquei a pensar nas duras realidades do Brasil, nos índices de pobreza e miséria, fiquei a pensar sobre o distanciamento que continuamos a gerar em nosso país, se por um lado o pré-sal nos coloca projeções de emancipação e crescimento, por outro, a educação, continua achatada com resultados insatisfatórios.



O Brasil tem uma realidade sombria ao que se refere aos índices de analfabetismos, segundo os indicadores sociais de 2008, do IBGE, a taxa de analfabetismo das pessoas com mais de 15 anos no Brasil, caiu de 14,7% para 10%, porém, a dívida social referente a alfabetização brasileira ainda é grande, temos atualmente, segundo as estatísticas, 14, 1 milhões de analfabetos no Brasil.



Assim, durante a palestra fiquei a refletir sobre os investimentos e as projeções de ponta tecnológica que o pré-sal nos coloca, mas ao mesmo tempo me veio a memória o descaso que presenciamos constantemente em relação aos investimentos nos setores sociais.



A rede pública de ensino precisa de qualidade para gerarmos futuros profissionais de ponta, necessitamos com urgência de políticas públicas municipais, estaduais e federais que coloquem como prioridade a Educação.



Diariamente nos deparamos com professores angustiados em relação ao enfraquecimento do processo de ensino e aprendizagem, com resultados frágeis, como alunos que terminam o Ensino Fundamental sem estabelecer competências com o processo de ler e escrever.



A conquista de uma educação pública de qualidade gerará ao nosso país maior riqueza e autonomia do que o pré-sal, infelizmente, poucos gestores valorizam esta construção social.

domingo, 4 de abril de 2010

CONGRESSO INTERNACIONAL DA CÁTEDRA UNESCO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JOÃO PESSOA



Data do Evento: 20 a 23 de Julho de 2010


Local do Evento: João Pessoa – Paraíba (Espaço Cultural / UFPB)


Informações: O website do evento estará pronto no final de fevereiro e será "linkado" em
www.catedra-eja.org


Tels. (83) 3216-7703 e (83) 8726-1954


Expoentes da EJA do Brasil e do mundo e com todos os interessados por este campo da prática e da pesquisa em educação.