segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO.... FELIZ NOVO ANO!!! VIVA 2011!!!

NÃO EXISTE ANO NOVO SEM PESSOAS NOVAS.....


RECEITA DE ANO NOVO


                                                                 Carlos Drummond de Andrade




Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz;
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser, novo
até no coração das coisas menos percebidas
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra
birita, não precisa expedir nem receber mensagens
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas, nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

domingo, 14 de novembro de 2010

O GRANDE ENCONTRO !!! VALEU!!!

Quero manifestar o meu agradecimento à todos os educadores que se dedicaram a aprofundar estudos nestas 40 horas.

Sei que o objetivo que levou o grupo a estudar foi o de passar no concurso, porém independente do resultado a aprendizagem foi significativa e apreendida.

Agora, vamos continuando a luta por uma EDUCAÇÃO PUBLICA DE QUALIDADE, sabemos que a ingenuidade contribui para que nossas ações sejam manipuladas; temos que fortalecer nossa consciência crítica e participar dos enfrentamentos para se edificar uma formação humana digna em nosso país, em nosso planeta.

Como homens e mulheres inacabados continuamos a nossa existência social.... na certeza de que nos aprimoramos a cada momento, assim não podemos parar....

Abraços à todos do grupo!!!

Até sempre!!!!



Companheiras de viagem, Amabllin e Valdilene...
comungamos por uma educação pública emancipatória!!!! Valeu!!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Educadores, participem das discussões virtuais!!

Os espaços que criamos para estabelecermos um diálogo com nossos pares são ampliados com o uso da tecnologia das redes sociais.

Atualmente utilizamos diferentes veículos para potencializar a nossa comunicação, o uso da correspondencia eletrônica aproxima nossos encontros e nossos confrontos de idéias e discussões democráticas.

Percebo que grande parte dos educadores não participam de redes sociais, ou blogs, o que adia o uso de mais uma possibilidade de troca com a coletividade.

Convido a todos os professores, educadores e profissionais da Educação, que se mobilizem e se esforcem para fazer presença no mundo virtual, presenciamos vários especialistas de áreas variadas discutindo "Educação", mas reforço a idéia de que nossos Educadores assumam o cenário das discussões educacionais.

O espaço deste blog conta com a sua participação que é o objetivo maior deste espaço virtual.



Somos gota, mas podemos ser MAR!!!





PARTICIPEM!!





segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Ultimo encontro de estudos com os Professores de Jacareí e região!! Valeu!!

Manifesto o meu agradecimento à todos os professores que se dedicaram 40 horas à aprofundar estudos e discussões sobre o desenvolvimento e a aprendizagem humana com foco nas dimensões assumidas no âmbito da escola. Currículo, planejamento, avaliação foram temáticas que nos acompanharam neste tempo.

Convido à todos os participantes a seguirem o blog, bem como registrarem opiniões sobre os nossos encontros.

Abraços e até sempre!!


VALEU!!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A MULHER PODE!!




O projeto amplo de transformação social continuará e a lógica da mulher na política se fortalece.
A MULHER PODE!!
Veremos uma liderança feminina a frente de uma grande nação...isso fortalece a equidade de gêneros....
Avança Brasil.... !!!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

QUE TIPO DE BLOG É O SEU???

DIGA O QUE POSTA EM SEU BLOG QUE TE DIREI QUEM ÉS....


AQUI DISCUTIMOS IDÉIAS !!!

TEM BLOG PARA PROMOÇÃO PESSOAL NÃO DÁ NÉ ... rs

NÃO PODEMOS ELOGIAR A NÓS MESMOS... rs

EU ASSUMO O ESPAÇO DO BLOG PARA TRAVAR DIÁLOGOS EM REDE E FORTALECER IDÉIAS E POSSIBILIDADES!!!


DESDE 2008 ESTAMOS EM REDE, EM CONEXÕES E NOSSOS ENFRENTAMENTOS SÃO A FAVOR DA EDUCAÇÃO!!!

AQUI O ESPAÇO É COLETIVO!! PARTICIPE!!!


domingo, 3 de outubro de 2010

E VIVA A DEMOCRACIA!!! Independente do resultado !!!!


O exercício do voto exige posicionamentos,

a cada eleição a força, a coragem e a esperança se

 afirmam!!

Viva o povo brasileiro, viva o Brasil!!


Ana Cristina Gonçalves de Abreu Souza


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Educação e Eleição: quem nos representa?

* Ana Cristina Gonçalves de Abreu Souza

            Neste tempo de eleição fico a refletir sobre o perfil de inúmeros candidatos a deputados, a senadores e a presidência e acredito que definimos nosso voto quando definimos o que queremos e quem somos.
            As propagandas mostram propostas vazias, promessas impossíveis e poucas campanhas demonstram intencionalidades políticas com ações num contexto de transformação social.
            Vejo candidatos brincando com a possibilidade de se eleger, o que mostra a falta de compromisso com o povo, o que mais me inquieta não é a existência de candidatos medíocres, mas a existência de pessoas que votam nestes candidatos.
            Quando olhamos para o congresso, o senado e a presidência, temos que nos reconhecer naqueles homens e mulheres que lá estão para nos REPRESENTAR, sinceramente não me vejo representada por “falsos líderes” que brincam com suas candidaturas e já afirmam não saber o que vão fazer lá no congresso.... temos ações importantes para serem articuladas para o crescimento de nossa região, de nosso estado e de nosso país e ainda nos deparamos com candidatos que desrespeitam a nossa capacidade de pensar.
            Não me reconheço nas falas de candidatos que claramente pleiteiam apenas o salário e status da política, o talento e o trabalho político se mostra com atitudes sérias em relação ao coletivo, ao conhecimento da cidade, da região, do estado e do país, não basta “cantar” , “dançar”ou “jogar futebol”, temos que articular algo maior, não elegeremos artistas para nos representar na política, elegemos homens e mulheres que saibam política, se ele tiver algum talento artístico não importará, mas as articulações do oficio exige desprendimento intelectual e crítico, argumentação e muito conhecimento, não terá espaço para brincadeiras e palhaçadas. Temos que andar rapidamente em busca de qualidade na saúde, na educação e na segurança pública e nos deparamos com candidatos que não sabem o que fazer??? Complicado!!
            Para acabarmos com esta gama de candidatos aproveitadores temos que formar nosso povo e negar esta situação, estes candidatos invadem nosso tempo porque há pessoas que abrem espaços e acabam por votar neles; nestas eleições pensem... QUEM ME REPRESENTA, e se os eleitos forem homens e mulheres conscientes de seu papel político e partidário teremos amplitude nas ações, porém se elegermos oportunistas, passaremos 4 anos com vergonha da escolha e da exposição de nosso povo.
            Sou da área da Educação, e sempre levei a sério o meu ofício, estudei e estudo muito para aprimorar meus conhecimentos, portanto meu candidato, para que me represente precisa conhecer de Educação, das necessidades que temos para desenvolvermos ações de qualidade nas escolas e nos espaços educativos, meu candidato tem que ser sério e validar a coletividade, voto em quem me representa.
            Pensem nisso.... quem me representa? Seu voto é um sério exercício de cidadania, seu voto elege idéias e trabalhos. Vote a seu favor!!

Professora, Pesquisadora e Extensionista – Universidade Federal de Alfenas M.G.
Doutoranda em Educação PUC SP, Mestre em Educação PUC SP, Pedagoga.
 ana.abreu.souza@unifal-mg.edu.br        anabreusouza@terra.com.br

domingo, 26 de setembro de 2010

Nosso Blog!!! Desde 2008!!!! Quem sabe cria!!!


A caminhada e a luta por uma educação de qualidade demanda olhares e passos... o caminho vamos fazendo... pessoas, tempos e espaços fortalecem nossa coragem!!

FORMAÇÃO DE PROFESSORES E O CONHECIMENTO PEDAGÓGICO

Estamos num grupo com 70 educadores aprofundando estudos referente ao conhecimento pedagógico dos professores nos segmentos da educação infantil e do ensino fundamental.

Iniciamos discussões importantes em relação as contribuições das teorias de Piaget, Wallon e Vigotski.

Abriremos para comentários dos participantes em relação aos nossos encontros!! Participem !!


sábado, 11 de setembro de 2010

40 anos !!! Altay Veloso e Paulo Cesar Feital

Em outubro faço, 40 anos.... já tô reflexiva, a pensar em meus batuques e lutas deste tempo... uma vida de música, mas meu foco foi a Educação e a formação humana.... um bom carnaval e rock in Rio tbm!!! rs
                        
                                                                                                              Ana








São 40 anos de aventura

Desde que mãe teve a doçura


De dar a luz pra esse seu nego


E a vida cheia de candura


Botou canção nesses meus dedos


E me entregou uma partitura


Pra eu tocar o meu enredo


Sei que às vezes quase desatino


Mas esse é o meu jeito latino


Meio Zumbi, Peri, D. Pedro


Me emociona um violino


Mas também já chorei de medo


Como chorei ouvindo o Hino


Quando morreu Tancredo






Dos 40 anos de aventuras


Só 20 são de ditadura


E eu dormi, peguei no sono,


E acordei no abandono


E o país tava sem dono


E nós fora da lei






Quem se apaixonou por Che Guevara


Até levou tapa na cara,


Melhor é mudar de assunto


Vamos enterrar esse defunto


Melhor lembrar de Madalena


De Glauber Rocha no cinema


Das cores desse mundo


Jimmy, Janis, Joplin e John Lennon


Meu Deus, o mundo era pequeno


E eu curtia no sereno


Gonzaguinha e Nascimento


O novo renascimento


Que o galo cantava






"Ava Canoeiro", "Travessia"


Zumbi no "Opinião" sorria,


De Elis surgia uma estrela


Comprei ingressos só pra vê-la


Levei a minha namorada


Com quem casei na "Disparada"


Só para não perdê-la






Lavei com meus prantos os desatinos


Pra conversar com meus meninos


Sobre heróis da liberdade


De Agostinho de Luanda


A Buarque de Holanda


Foram sóis na tempestade


Mesmo escondendo tristes fatos


Curti o tricampeonato


Meu Deus, também sou batuqueiro


Pois eu nasci em fevereiro


E o carnaval tá no meu sangue


Sou dos palácios, sou do mangue,


Enfim sou brasileiro






Sou Ayrton Senna, eu sou Hortência


Dou de lambuja a minha vidência


Não conheço maior fé


Que a de Chico Xavier


Que para Deus já é Pelé


Que é o nosso rei da bola






Quem tem Raoni, tem Amazônia


Se está sofrendo de insônia


É por que tem cabeça fraca


Ou está deitado eternamente


Em berço esplêndido, ou é babaca


Ou está mamando nessa vaca


O leite dos inocentes


Vamos ensaiar, oh... minha gente,


Botar nosso Brasil pra frente


laia, laia, laia, laia...



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A espera dos docentes - Revista Educação - agosto 2010

Por Diego Braga Norte _ Revista Educação


Concebida para ajudar a monitorar a carreira dos professores e as necessidades das redes públicas, Plataforma Freire ainda é subutilizada

O Plano Nacional de Formação de Professores daEducação Básica (Parfor), lançado em maio do ano passado pelo Ministério da Educação, tem uma meta ambiciosa: formar, nos próximos cinco anos, ao menos, 330 mil professores que atuam na Educação Básica. Para isso, o plano dispõe de uma verba de R$ 2,5 bilhões e uma articulação entre instituições públicas até então inédita na educação nacional. Pela primeira vez, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) tem a função de coordenar a formação de professores das redes públicas junto a universidades federais, estaduais, fundações, instituições conveniadas (comunitárias ou confessionais) e Cefets (Centros Federais de Educação Tecnológica).


O primeiro passo é priorizar a formação dos professores que já estão em sala de aula e não possuem graduação ou atuam fora de sua área. Segundo dados do Educacenso, em 2007, cerca de 300 mil docentes do ensino básico não possuíam graduação e havia ainda outros 300 mil subdivididos entre graduados sem licenciatura e professores que se formaram em uma área, mas lecionavam em outra. Para reverter essa equação, um dos alicerces do plano é a Plataforma Paulo Freire, sistema virtual que possibilita a inscrição dos professores nos cursos ofertados nas instituições participantes. A plataforma também permite aos coordenadores o gerenciamento e o balanço entre a oferta e demanda dos professores e redes públicas.



O outro ponto de sustentação do plano é a necessidade de atuação constante dos Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação Docente e dos gestores da área de educação nos municípios, via secretarias e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Para João Carlos Teatini, diretor de Educação Básica Presencial da Capes, o trabalho junto aos fóruns estaduais, secretarias estaduais e municipais deve gerar informações e identificar carências nas redes. "O MEC e a Capes estão empenhados. Os estados têm feito campanhas e temos um contato permanente com a Undime. Em maio último, estive no Encontro dos Conselhos Municipais de Educação de São Paulo, justamente para falar do programa de formação", disse ele.



No segundo semestre de 2009, após serem abertas as primeiras turmas do programa, 21 estados das 27 unidades da federação aderiram. Foram matriculados em cursos presenciais e a distância (na Universidade Aberta do Brasil) entre 35 mil e 40 mil alunos. Segundo a Capes, a variação existe porque em alguns estados e, principalmente prefeituras, os dados tiveram mudança após o primeiro balanço - influenciados por desistências, sobretudo. Outro motivo para a variação é que em 2009 o professor podia se inscrever em até três cursos diferentes. "Isso gera um desencontro nos dados. Os números não são tão precisos", explica Teatini.

O total de matrículas feitas para o primeiro semestre de 2010 ainda está sendo compilado. Até meados de julho, a Capes não dispunha de dados que julgasse confiáveis para um balanço do semestre. Isso estava previsto apenas para o mês de setembro.



Analisando os dados dos dois primeiros semestres, a própria Capes admite que o programa precisa melhorar sua penetração e ampliar a oferta de vagas. Na avaliação da entidade, para atender à grande demanda não basta que a oferta seja realizada pelas Instituições de Educação Superior (IES), como de fato ocorreu. O Ministério da Educação repassa recursos de custeio às IES e concede bolsas aos coordenadores de cursos e professores formadores e, nos casos em que há apoio logístico do sistema educacional ao qual se vincula o professor e as ações são articuladas, com cada agente público cumprindo sua cota no regime de colaboração, o Plano tem tido sucesso.

Entretanto, segundo Teatini, muitos municípios e alguns estados ainda não estão oferecendo o suporte necessário aos seus professores em exercício de funções docentes, o que tem exigido ações da Capes e do MEC para incrementar essa parceria essencial. Para a Capes, o maior entrave ao programa está nos municípios, que, como contrapartida dos recursos que recebem do governo federal, deveriam liberar parte da carga horária dos professores e ajudar com despesas de transporte, alimentação e apoio a eventuais encontros em períodos extraclasse.



O exemplo da Bahia

O Estado da Bahia é que aparenta estar mais bem organizado. Penildon Silva Filho, diretor do Instituto Anísio Teixeira - responsável, em conjunto com a Secretaria de Estado da Educação, pela coordenação do plano de formação -, explica que, dos mais de 93 mil professores das redes municipais do estado, em torno de 80% não têm graduação. A maior deficiência está entre aqueles das séries iniciais do ensino fundamental. Por causa dessa defasagem, o estado já mantinha, desde 2003, um programa de formação anterior ao Parfor, depois incorporado ao programa nacional.



Entre todos os estados participantes, a Bahia é aquele em que o programa é maior e mais regionalizado. O estado oferece, via Plataforma Paulo Freire, 60 mil vagas, sendo 41 mil presenciais e 19 mil a distância. A grande oferta de vagas deve-se à participação de quatro universidades públicas estaduais (Universidade do Estado da Bahia - Uneb, Estadual do Sudoeste da Bahia - Uesb, Estadual de Feira de Santana - URFS, Estadual de Santa Cruz -Uesc) e três federais (Universidade Federal da Bahia - UFBA, Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB e Federal do Vale do São Francisco - Univasf). Dois Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (Ifets) também participam do programa.



As instituições oferecem três tipos de curso, todos de formação inicial: primeira licenciatura para os professores que só têm o magistério, segunda licenciatura para os que ministram disciplinas fora de sua área de formação, e um curso de complementação pedagógica, para professores com somente bacharelado. Das 60 mil vagas disponíveis, já há aulas para 23 mil alunos, e Penildon Filho reconhece que a articulação com as prefeituras precisa melhorar.



"As prefeituras, de maneira geral, estão colaborando. Mas ainda precisamos avançar para conquistar mais alunos. Elas [prefeituras] estabeleceram metas, quantos professores queriam formar, em que áreas queriam formar. É importante passar para os gestores que não custa nada aos municípios. Mas que eles precisam bancar a logística e apoiar os professores."



Um dos pontos fortes da grande oferta da Bahia está na experiência da Uneb com programas de formação. Segundo o professor José Bites de Carvalho, da pró-reitoria de graduação da universidade, desde sua criação (em 1983), a instituição foi concebida para capitanear a formação de professores no estado. O programa de formação de professores Rede Uneb existe desde 1999 e está presente em mais de 130 municípios baianos. Isso só é possível graças aos 24 campi espalhados no interior, além das dezenas de prefeituras que mantêm convênio com a instituição, cedendo espaço e logística para aulas.



"A Plataforma Freire vai acabar substituindo todos os demais programas que tínhamos anteriormente. Para nós, foram liberadas aproximadamente 20 mil vagas. Planejamos ofertar em etapas e já temos 9,5 mil matriculados. Cerca de 60% são para pedagogia, o restante para outras licenciaturas", diz Carvalho. A Uneb já formou mais de 17 mil professores em exercício, ou seja, que cursaram licenciatura concomitantemente com as atividades nas redes públicas municipais e estadual. "A maioria, pelo menos uns 80%, é composta de professores de pedagogia", completa.



Para Carvalho, a Plataforma é um instrumento que será consolidado com o tempo e com o uso. A importância da ferramenta está na criação de um banco de dados que facilita o acesso às informações. "Promove o diálogo entre as universidades, secretarias estatuais, municípios, professores, MEC, todos os envolvidos. Isso facilita muito na estruturação de programas e projetos. Só aqui na Bahia são 417 cidades. É complicado, o estado é muito grande e desigual; temos locais com os piores índices socioeducacionais. Como as inscrições são feitas na Plataforma, quando a gente recebe os professores inscritos e validados pelas secretarias, fica mais fácil."

A universidade também tem estudos de acompanhamento e documentos de várias ações após a formação do professor, inclusive dissertações de mestrado e monografias de final de curso que acompanham os egressos. Esse material, diz o professor, comprova que a melhoria do ensino passa pela melhor formação dos professores.



Carências

A professora Maria do Carmo é coordenadora responsável pelo município Marcionílio Souza, cidade com cerca de 11 mil habitantes a 330 quilômetros a oeste de Salvador. As aulas são no município vizinho de Itaberaba, que conta com um polo da Uneb, no qual se matricularam 52 pessoas, das quais restaram 49. "Nem todos os alunos estão frequentando", diz Maria do Carmo. A prefeitura ajuda com o transporte e eventuais custos com hospedagem e alimentação dos alunos. No entanto, um dos problemas enfrentados é a falta de docentes. "Ainda não temos o quadro completo." No fórum de discussão mantido no site da Uneb, a falta de professores é uma reclamação constante. Questionado sobre o assunto, José Bites de Carvalho admitiu que há carência em algumas cadeiras, mas a universidade trabalha para suprir as deficiências. Essa carência atrapalha não só o processo de formação, como os períodos letivos em muitas escolas: afinal, os professores muitas vezes têm de ficar períodos de uma semana afastados, e os municípios têm dificuldade de contratar substitutos.



Possibilidades e entraves



Um ano após ser lançada, a utilização da Plataforma Paulo Freire ainda é motivo de dúvidas entre os professores. Para Ana Cristina Gonçalves de Abreu Souza, especialista em formação de professores, da Universidade Federal de Alfenas, um dos fatores que dificultam o acesso reside na baixa penetração que a internet e vivência digital têm em alguns rincões do país. "No Brasil, alguns aspectos ainda impedem a participação de muitos professores, que não têm computadores e nem acesso à internet. Há docentes que não conseguem nem se cadastrar na Plataforma Freire, não porque seja difícil, mas porque não dominam o uso da tecnologia." Segundo Ana Cristina, muitos professores não têm endereço eletrônico e não conseguem usar um computador.



Para tentar sanar o problema, algumas secretarias de educação criaram setores responsáveis pelo cadastramento dos docentes da rede pública na Plataforma, e assim viabilizaram o registro e a participação deles nos cursos. Transposta a barreira tecnológica, a ferramenta pode ser utilizada como aliada na formação, ajudando também no planejamento e melhoria das carreiras.



"A Plataforma Freire é um mecanismo importante para o registro dos currículos e para que os professores tenham acesso às ofertas de cursos de graduação presencial e a distancia em contextos de formação inicial e continuada", diz a especialista. Outra característica destacada é a mobilização promovida pelo Ministério da Educação, que arregimentou professores universitários e instituições públicas em prol da melhoria da Educação Básica. "Essa mobilização potencializa as ações. Mas, para vislumbrar resultados, demanda tempo e continuidade das ações políticas de formação."



Segundo Mirian Grinspun, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a Plataforma centralizou vários processos que antes ficavam difusos entre as secretarias municipais, estaduais e no âmbito do próprio MEC. "Os professores escolhem as licenciaturas que desejam cursar, fazem a inscrição, cadastram e atualizam seus currículos na Plataforma, simplificando a burocracia e suprimindo etapas", diz Mirian.



Em sua avaliação, a ferramenta possibilita a aproximação entre os professores das redes públicas e o ambiente acadêmico das universidades que participam do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor). "O sistema on-line também democratiza e oferece as informações, disponibilizando dados sobre os cursos que serão ofertados, sobre as instituições onde o aluno poderá se matricular e ainda sobre as diferentes modalidades de formação", afirma.



Passada a fase inicial do plano, que consiste na graduação e licenciatura dos professores que já estão em salas de aula, Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de Educação a Distância do MEC, afirma que a ideia é fornecer programas de lato (especializações) e stricto sensu (mestrados e doutorados) via Plataforma Freire. "O plano é contemplar e oferecer todas as etapas da formação, desde a primeira licenciatura até o doutorado." Porém, de acordo com Bielschowsky, para que tudo caminhe bem, a valorização docente tem de acompanhar o processo de formação continuada.



Dos mais de 600 mil professores sem diploma superior, a Secretaria de Educação a Distância trabalha com uma meta de formar 450 mil em quatro anos.







sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Palestra: FORMAÇÃO DE PROFESSORES E O PAPEL DA UNIVERSIDADE

UNIFAL MG E FEVEST 2010



FEVEST -Agosto'10 - XXVII FEIRA DO VESTIBULAR - Edição de 18 anos, 18 a 21 de agosto de 2010, na APCD, Rua Voluntários da Pátria, 547, Santana, São Paulo, SP, das 08h00 às 18h00, sábado até 14h00, reunirá as melhores faculdades e universidades para auxiliar o estudante do ensino médio na escolha da futura profissão, fornecendo informações sobre as diversas áreas profissionais, campos de atuação, cursos, instituições e vestibulares.

O evento contará com estandes de universidades e faculdades, entidades de intercâmbio, palestras sobre profissões, oficinas de orientação vocacional e aplicação de exames simulados.

Nossa palestra acontecerá dia 21 de agosto as 9h45, iremos discutir "A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E O PAPEL DA UNIVERSIDADE"

Ana Cristina Gonçalves de Abreu Souza
Professora, Pesquisadora e Membro da Copeve







quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Formação docente: estudos pedagógicos em rede




O Projeto de extensão que aqui se apresenta, vem sido desenvolvido desde 2008, nasceu de uma demanda especifica de uma OSCIP, e depois pode ampliar para outras instituições, bem como para nossos alunos das licenciaturas. O trabalho tem por objetivo atuar junto à formação docente tanto dos profissionais atuantes em escolas públicas e do terceiro setor de Alfenas quanto com os alunos do curso de Pedagogia e das outras licenciaturas da UNIFAL e de Universidades locais. As instituições que atendem pessoas com necessidades educacionais especiais requerem apoio da acadêmia em relação a formação docente.cação inclusiva.

O objetivo deste projeto é :

* Trabalhar com orientações pedagógicas junto aos docentes e discentes; abarcando a comunidade de Alfenas e os discentes da Pedagogia, bem como das licenciaturas da UNIFAL e das Universidades locais.

A proposta metodológica se desenvolverá com participação periódica dos discentes, numa sistematização quinzenal, no espaço da Universidade.

 
1º Encontro 17 de agosto sala V 202
2º Encontro 31 de agosto sala V 202

domingo, 15 de agosto de 2010

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender - Luis Fernando Veríssimo



1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.



CONTINUE ESTE TEXTO E FALE.... " Coisas que levamos anos para aprender"

sábado, 14 de agosto de 2010

IX ENCONTRO DE PESQUISADORES DO PROGRAMA DE POS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E CURRICULO PUC SP

O Encontro de Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação tem se notabilizado por ser um momento privilegiado no qual a produção discente de mestrandos e doutorandos é socializada e debatida por pares discentes e professores.

O IX Encontro de Pesquisadores será realizado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, juntamente com a comemoração dos 35 anos do Programa, nos dias 16 a 18 de novembro.

Objetiva-se, nesse encontro, a socialização e o aprofundamento de temas relacionados ao currículo, de modo a permitir o avanço das pesquisas em desenvolvimento, no Programa. Objetiva-se promover o debate de temas importantes para o desenvolvimento da área e o intercâmbio entre docentes, discentes e profissionais da área de Educação, no tocante à pesquisa em Currículo. Dada a sua relevância e o seu poder de estimular a produção científica, esse evento já tem o seu lugar definido e aguardado na agenda acadêmica anual desse curso de Pós-Graduação.

Tema Central: POLÍTICAS DE CURRÍCULO: desafios atuais

Eixos temáticos:

• Políticas Públicas e Reformas Educacionais e Curriculares

• Pensamento de Paulo Freire

• Formação de Educadores

• Interdisciplinaridade

• Currículo, Conhecimento e Cultura

• Novas Tecnologias em Educação

• Currículo e Avaliação Educacional

domingo, 25 de julho de 2010

Formação de Professores da E.J.A. - Secretaria de Educação de Guararema SP

ENCONTRO COM PROFESSORES - 40 HORAS DE TROCA E CRESCIMENTO!!

Julho de 2010

Concepção e compreensão do sujeito que estuda na Educação de Jovens e Adultos e os contextos de um trabalho didático com foco nas necessidades e práticas sociais.



Desdobramento didático a partir da concepção de sujeito – organizações didáticas para o trabalho em sala de aula.


Organização de Projetos com foco na diversidade textual e os desdobramentos nas áreas de conhecimento do currículo.


Uso de textos com foco no processo de letramento/ práticas sociais.






terça-feira, 6 de julho de 2010

Instituto Técnico Federal : um passo importante para Jacareí SP


* Ana Cristina Gonçalves de Abreu Souza



Inicio o artigo parabenizando a gestão municipal atual pela visão referente a concretização do Instituto Técnico Federal em Jacareí, esta ação que gestará a formação de centenas de pessoas, a fim de emancipá-los frente aos contextos sociais de mercado em que vivemos.

Jacareí entra para o mapa de cidades que compõem a rede federal de escolas técnicas no Brasil, o que amplia indiscutivelmente as oportunidades para a nossa população.

A rede brasileira federal de escolas técnicas nasceu no ano de 1909 e chegou até 2002 com 140 unidades por todo o país, número este pequeno em relação as necessidades; porém de 2002 até 2010 o movimento de expansão de escolas técnicas ampliou e foram construídas 214 novas unidades que estão sendo entregues por todo o território brasileiro.

Neste contexto não posso deixar de vibrar com a conquista de Jacareí, mas também não posso me calar ao que se refere a qualidade das escolas públicas de nossa cidade e de toda a região , visto que para um aluno entrar para um Instituto Técnico Federal ele terá que disputar por uma vaga e assim a qualidade de nossa Educação Básica será colocada a prova, independente das cotas ( que não é pauta deste artigo), temos que preparar nossos alunos de escola pública para que conquistem suas vagas no Instituto Federal.

Concebo a educação partindo da base, digo desde a Educação infantil (creches e emeis) , passando pelo Ensino Fundamental e assim conseqüentemente o Ensino Médio, seja ele técnico ou não, e depois uma imersão no Ensino Superior, porém sem a qualidade educacional na base da escolaridade nossos alunos não conseguirão avançar nos estudos.

Necessitamos continuar com ações para o fortalecimento da qualidade da nossa Educação Básica, caso contrário o Instituto Técnico Federal será elitizado e os alunos de escolas públicas estarão descartados desta possibilidade.

Sou fruto da escola pública, e me orgulho disso, meu trabalho prioritariamente parte da crença de que a escola pública é a maior via de transformação dentro de nossa sociedade, assim devemos lutar por escolas públicas de qualidade que certamente nossos alunos estarão a cursar o Instituto Técnico Federal.


Professora, Pesquisadora e Extensionista – Universidade Federal de Alfenas M.G. Doutoranda em Educação PUC SP, Mestre em Educação PUC SP, Pedagoga.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Ser político e participar de um partido político: caminhos conscientes a favor da Educação.

*Ana Cristina Gonçalves de Abreu SouzaProfessora e Pesquisadora
PPS - Jacareí SP




Enquanto humanos somos constituídos por diferentes dimensões: física, emocional, social e cognitiva; mas há uma característica que perpassa por todas as dimensões a política.


Somos essencialmente políticos, quando digo políticos não quero que o leitor compreenda apenas o político- partidário, podemos e somos políticos mesmo sem ter partido, na realidade independente de partido fazemos política.


Recorro à explicação da palavra “política” que o Dicionário Aurélio nos reporta e cito neste texto para melhor análise do leitor:


“ (...) conjunto dos fenômenos e das práticas relativos ao Estado ou a uma sociedade; arte e ciência de bem governar, de cuidar dos negócios públicos; qualquer modalidade de exercício da política; habilidade no trato das relações humanas; modo acertado de conduzir uma negociação; estratégia.”


Considerando a explicação do dicionário, independente do partido político, exercemos a política, porém somos seres sociais e juntamos a grupos para comungarmos idéias e aspirações e assim nos tornamos mais fortes para realizar e transformar.


Hoje por várias necessidades percebo a importância de fortalecer-me com um grupo partidário, para concretizar ações a favor da qualidade da Educação Pública local, regional e nacional.


Em minha trajetória de mais de duas décadas na Educação, diferentes tipos de ações políticas realizei, exerci meu direito e dever político, ações gestadas inicialmente em minha casa com meus pais, “Getulio e Marlene”, com intensos e fervorosos debates e que depois ampliaram espaços em contextos de comunidade e trabalho.


Meu percurso pessoal e profissional foi pautado em ações coletivas, posso afirmar que as experiências que edifiquei foram conquistadas com o apoio e a contribuição da coletividade; o que em muito fortaleceu a qualidade dos processos e dos resultados que concretizei.


Num rápido olhar sobre a minha caminhada, de aluna da Pedagogia, a professora de escolas publicas: municipal, estadual, federal, como gestora de redes públicas e privadas, e pesquisadora, passando por dois mestrados e neste ano finalizando o doutorado; em todas as situações meus avanços se deram de maneira conjunta a avanços e progressos de outros tantos educadores, nobres, que por mim passaram e que deixaram marcas impressas.


Reconheço a importância do outro, que realizou “politicamente” e assumiu comigo inúmeros embates, enfrentamentos, conquistas, lutas e dignidade, o que resultou em responsabilidades, a medida que realizamos trabalhos, a esfera pública nos convida e exige que façamos a nossa parte, que assuma perante a comunidade o nosso papel político partidário.


Dia 21 de abril, me filei a um partido, o PPS de Jacareí SP, e esta atitude fez com que muitos amigos me perguntassem: Por que e pra que se filiar a um partido político? Assim, brevemente aponto alguns motivos que me levaram a assumir uma luta partidária a favor da Educação, são eles:


  • Fortalecimento da Interlocução nas ações públicas com foco na emancipação da Educação – poucos líderes de fato compreendem com profundidade a Educação.
  • Insatisfação referente aos projetos educacionais públicos – ações sem pertinência frente ás reais necessidades em que estamos vivendo.
  • Consciência da importância de assumir ações que transformem e emancipem o ser humano – por ter consciência tenho que me responsabilizar e secretariar o povo.
  • Indignação com os gestores que estão à frente dos projetos públicos – decepção frente aos gestores que sempre olham a Educação apenas por cifras e não percebem o seu real “valor” frente à transformação de uma sociedade.
  • Necessidade de assumir frente a minha comunidade um posicionamento a favor da Educação Publica de Qualidade – sou cobrada por meus pares, e assim preciso representá-los, meus pares cito os educadores de escolas públicas e privadas deste país.
  • Fortalecimento do trabalho coletivo, juntar idéias e ações a favor de uma comunhão política – trabalho com formação, o que me seduz a possibilidade de conscientizar grupos em nossa sociedade, e assim contribuir para a construção crítica das pessoas.
  • Crença no ser humano e na transformação social – este foi o motivo que mais me incentivou a assumir-me partidariamente, creio no ser humano e na sua capacidade de transformar e melhorar seu ser, seu espaço e conseqüentemente seu e “nosso” planeta.
  • Finalizando, num grupo de trabalho sinto-me mais fortalecida para os enfrentamentos a favor da Educação de nosso país !!!!


Vamos, agora junto com o PPS realizar ações por uma Educação Pública de Qualidade!!









sábado, 22 de maio de 2010

MEC e especialistas rejeitam matrícula no ensino fundamental aos 5 anos.

20/05/2010 18:12 - Portal Brasil



O Ministério da Educação (MEC) e representantes de entidades dos direitos da infância defenderam nesta quinta-feira (20) a rejeição de um projeto de lei do Senado que quer tornar obrigatória a matrícula no ensino fundamental a partir dos 5 anos de idade, em vez dos 6 anos, como ocorre hoje.


Em 2006, uma mudança na lei ampliou para nove anos a duração do ensino fundamental. A partir dessa legislação, o acesso das crianças ao ensino fundamental deve começar aos 6 anos – antes era obrigatório a partir dos 7.


O diretor de Concepções e Orientações Curriculares para a Educação Básica do MEC, Carlos Artexes, defendeu que a aprovação da mudança trará “um dano irreparável” para as crianças e “uma desestruturação do sistema”. Pela legislação atual, alunos de 4 e 5 anos devem ser matriculados na pré-escola e de até 3 anos, em creches, ambas etapas da educação infantil.


“O MEC não encontrou nenhum argumento pedagógico para incluir crianças de 5 anos no ensino fundamental. Não há nenhuma vantagem educacional em incluir essas crianças”, afirmou Artexes, em audiência pública sobre o assunto, promovida pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara.


Gizela Souza, representante do Movimento de Fóruns da Educação Infantil, disse que os especialistas e entidades da área são “veementemente contrários ao projeto”. Ela defende que a criança de 5 anos deve ser matriculada na educação infantil, etapa que foi pedagogicamente planejada para receber meninos e meninas dessa faixa etária.


Projetos de lei


O projeto de lei que quer mudar a idade é de autoria do senador Flávio Arns (PSDB-PR), que não compareceu à audiência. A justificativa para incluir crianças de 5 anos no ensino fundamental, segundo texto divulgado pelo gabinete do senador, é de que a lei que estabeleceu o ensino fundamental de 9 anos não é clara quanto à idade corte para a matrícula da criança.

Em alguns estados e municípios, crianças de 5 anos que completam 6 durante o 1° ano estão sendo matriculadas no ensino fundamental. O Conselho Nacional de Educação (CNE) já emitiu uma resolução que determina que a matrícula deve ocorrer apenas para crianças que completam 6 anos até 31 de março do ano letivo.


Fonte: MEC - Agência Brasil